13 de mai. de 2016

127 - RUA DA ALEGRIA






Eu lá ia apenas andando,
a cabeça longe, pensando,
enquanto descia
a Rua da Alegria.
Quando olhava as janelas
adivinhava por trás delas
olhares sorridentes
e sorrisos contentes.
E era da boa, a comida,
e quentinha a dormida
e tudo era perfeito,
assim daquele jeito.
E eu jamais pensaria
que era na rua da Alegria
que morava um amigo
que, ao conversar comigo
e ouvir-me elogiar a sua,
me falou da minha rua.
Ele sabia que nas janelas
havia olhos por trás delas,
que o viam passando
e ficavam imaginando
o desconforto que seria
viver na Rua da Alegria.
Eu disse que não era assim,
e ele não acreditou em mim.
E a razão por que o fazia,
nenhum de nós a sabia.
Mas já um ditado antigo,
que sempre trago comigo,
dizia que a galinha da vizinha
é sempre melhor que a minha…


COPYRIGHT HENRIQUEMENDES POESIA E FOTO


Um comentário:

  1. Un poema que llena de contento a quien lo lee. ¡Gracias querido Henrique por invitarnos a recorrer esta calle maravillosa!

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