15 de dez. de 2015

115 - NATAL DE POETAS



Não sei quantos somos hoje.
Nem me importa se mais, ou se menos.
Sei que nos cuidados infinitesimais
de cada linha escrita que encontro,
há gente como eu, que descubro aos poucos.
Há as magias e os convívios maiores que o tempo,
e as trocas fantásticas  semeadas nas tempestades
das ideias e dos ideais.
Há as doçuras compartilhadas,  das emoções em afagos, reverberando,
e gritos de solidão, despertando  ecos  em espaços cheios
e rumorejantes de não sabemos bem do quê.

Não sei quantos somos hoje.
Nem me importa se mais, ou se menos.
Importa-me que possamos ter voz, e ser esperança.
E que possamos cantar Natais cheios de beleza,
com risos em corais, e brilhos incendiados nos olhos
das crianças que soubermos ser  outra vez.
E sorrisos,  também, daquelas que ajudarmos a ser
nesse mundo onde as crianças vão tendo tudo,
e todos os meios, e todas as coisas,
menos a oportunidade de serem crianças.

Não sei quantos somos hoje.
Nem me importa se somos mais, ou se menos.
Mas, não sendo muito, somos Poetas.
E disso dependem sonhos e risos, fantasias e amores ,
decantados destinos e exacerbadas  dores
ideias com brilhos  de pó de fada, ecos de outros destinos,
sonhos de um mundo melhor, sabores de aventura,
montanhas escarpadas de sorrisos e palavras, carinhos, 
e os fascínios de todas as cores.

Não sei quantos somos hoje.
Nem me importa se somos  mais, ou se menos.
Mas a todos esses Poetas  de destino assumido
que continuam trabalhando,
eu desejo um  muito


Feliz Natal


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