22 de mai. de 2011
1 - MAIS DO QUE EM PEDRA
Mais do que em pedra,
mais do que na dureza fria resistente ao desacato dos dias,
queria saber escritas no Tempo as minhas palavras.
Acalento a esperança pretenciosa
de que algumas possam existir
que alguém torne suas, e as guarde profundamente,
acrescentando-lhes uma sobrevida própria,
já independentes de mim, seu criador.
E que assim se eternizem por mais um pouco,
talvez apenas o tempo de um sonho que provoquem.
E que, de todas as vezes,
sejam elas a recriarem-me, se forem lidas,
e a evocarem-me, se forem lidas uma segunda vez.
( E a sustentarem-me como memória, se guardadas:
- um pedaço de mim alforriado, intemporal,
olhando-me diretamente nos olhos,
profundamente,
sem jamais dizer adeus... )
(imagem colhida na net, sem identificação )
.
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As palavras que fiquem como tatuagens na memória de quem as tomou para si e que o poeta um dia as delineou em versos extraídos de sua alma e de alguma forma torná-la perene. É um sonho possível, já que as suas palavras sempre trazem em si tanto sentimento.
ResponderExcluirTexto lindo!
Um abraço,
Celêdian