20 de jul. de 2017

147 - TODOS OS AMIGOS









Todos os amigos que não tive
me deixaram no peito, em aberto,
um buraco largo e sombrio,
profano e sem remédio.


Mas todos os que tive foram bons
e procurei dar-lhes o carinho certo
para trazê-los até hoje,
numa valsa que o tempo dançou.


Também foram excelentes
os que imaginei ter, e me levaram
a ser melhor buscando os caminhos
da reciprocidade fértil
-mesmo que desiludida.


E a todos os outros, que o não foram,
devo-lhes o tempo poupado
em reticências.


Que o tempo nos traga
mais a todos,
neste dia e sempre.

2 comentários:

  1. Soy testigo de tu cariño correcto hacia tus amistades y al leerte, me siento conmovida al escuchar como música de fondo, un vals. ¡Gracias por ser mi amigo!

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    1. Muchas gracias Connie Ureña, amiga querida!

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