22 de jun. de 2012
51 - ALMA
Encomendei á alma
um poema,
mas tudo o que me vai chegando
são apenas palavras-pássaros voando
- planando em noções esparsas,
não em vôos de garças
- de uma poesia
menor que as sedes do meu dia,
remota e vaga,
não um fruto, apenas baga...
(e palavras fracas, confusas,
aspirações difusas
de sombras em becos
onde soam ecos
e vozes em suave agonia...
-não o poema que eu queria !)
Talvez o meu poema, afinal, não seja
essa coisa luminosa, benfazeja,
e chegue por entre as palavras e as vontades,
encolhido em vergonhas de novidades,
subtilezas de bodas só suas,
um cântico ao luar, de sereias nuas...
( 25 de Abril de 2007 )
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Maravilloso!!!
ResponderExcluirTeu poema caminha, e faz o lume!! Bem ao teu jeito de ser, tua marca, teu cantar sem se cansar, ou se deixar levar pela desordem reinante num mundo caótico que você observa sereno e pleno!! Abraços Poeta que sabe a poesia da VIDA!!
ResponderExcluirQue placer pasar por tu blog,la sonoridad de los versos es totalmente distinta.
ResponderExcluirMe es facil leerlo,no así escribir en portugués aunque estoy aprendiendo.
Sencillamente,si antes me gusto,ahora me cautivo.
Un abrazo.Poesiacarnivora