Na escuridão,
a minha mão, à minha frente,
brilha de caneta em punho,
escrevendo.
Então escrevo, escrevo, escrevo,
numa ânsia de alma
de quem corre para a luz
deixando atrás de si um rastro
escrito de palavras.
Sigo essa mão
desdobrando-se em surpresas
derramadas,
pelos caminhos escusos
do que vai deixando dito
em pequenos símbolos,
como um legado único
de eterna vontade.
E grato,
sigo essa mão que carrega
o meus sonhos mais antigos,
e lhes dá voz
muito além do que eu digo...
Novembro, 2007
É isso, poeta: sempre muito além!
ResponderExcluirAbraço