Aqueles tempos
que hoje mal ouso lembrar,
de lutas vagas
e sons tão fortes,
- que é feito deles?
Estarão contidos
naquilo que
sou?
Naquilo que, hoje, eu sou?
Ou perderam-se
nos
outros caminhos
em que a vida me lançou?
Houve o tempo das palavras.
Com elas os dias se enchiam de cor,
e flores inquietas ensaiavam outros
destinos
mais nobres do que os campos,
em dias de primavera.
Com elas,
paixões
enchiam peitos
e acendiam-se auroras
em olhos crédulos,
faiscando amor.
Com elas se afagava a alma,
e se persuadia,
se argumentava e nutria
o som da vida a acontecer...
Depois houve todos os outros tempos.
Hoje, não há tempo.
FEV 2008 Foto St andré le Roux 1991
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