Não sei
quantos somos hoje.
Nem me
importa se mais, ou se menos.
Sei que nos
cuidados infinitesimais
de cada
linha escrita que encontro,
há gente
como eu, que descubro aos poucos.
Há as magias
e os convívios maiores que o tempo,
e as trocas
fantásticas semeadas nas tempestades
das ideias e
dos ideais.
Há as doçuras
compartilhadas, das emoções em afagos,
reverberando,
e gritos de
solidão, despertando ecos em espaços cheios
e
rumorejantes de não sabemos bem do quê.
Não sei quantos
somos hoje.
Nem me
importa se mais, ou se menos.
Importa-me
que possamos ter voz, e ser esperança.
E que
possamos cantar Natais cheios de beleza,
com risos em
corais, e brilhos incendiados nos olhos
das crianças
que soubermos ser outra vez.
E sorrisos, também, daquelas que ajudarmos a ser
nesse mundo
onde as crianças vão tendo tudo,
e todos os
meios, e todas as coisas,
menos a
oportunidade de serem crianças.
Não sei
quantos somos hoje.
Nem me
importa se somos mais, ou se menos.
Mas, não
sendo muito, somos Poetas.
E disso
dependem sonhos e risos, fantasias e amores ,
decantados
destinos e exacerbadas dores
ideias com
brilhos de pó de fada, ecos de outros
destinos,
sonhos de um
mundo melhor, sabores de aventura,
montanhas escarpadas
de sorrisos e palavras, carinhos,
e os
fascínios de todas as cores.
Não sei
quantos somos hoje.
Nem me
importa se somos mais, ou se menos.
Mas a todos
esses Poetas de destino assumido
que
continuam trabalhando,
eu desejo
um muito
Feliz Natal
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