Há passos que não se dão!
Apenas aparecem dados, simplesmente. Como se, às vezes, a vida fizesse por nós aquilo que nós não temos coragem de fazer.
Assim, seja por decisão tomada, ou por uma conspiração de acasos, vemo-nos postos nos trilhos certos, rumando aquele ponto onde presente e futuro se intersectam marcando um ponto.
Um ponto que marca um hoje pré-assinalado com um “x”, onde nossos passos já ecoam - ainda a medo, embora, ainda com receios e hesitações, embora - mas convergindo já para esse último reduto da lógica e do controle além do qual começa uma outra coisa, feita de valores mais esparsos e etéreos, espalhados por uma escala de tempo mais dilatada e mais difícil de entender, por tão maior que nós, à qual reverenciamos chamando-lhe destino – e que subtilmente cultuamos também numa tentativa sempre esperançosa de nos ausentarmos de responsabilidades.
Não ausentamos. Sempre fazemos de nossa parte, até por omissão. E, às vezes, cuspimos contra o vento.
Porto Seguro/Bahia/ 2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é precioso para mim!
Comente, por favor :