6 de fev. de 2017

142 - CHÃO E CAMINHO





Às vezes, o tempo
é só essa amplidão deslumbrante.
Uma espécie de silêncio vago
com que nos embotamos,
enquanto desfocamos os sentidos
de quase tudo o que nos rodeia.

Restante, fica uma essência.
Uma partícula de nós que segue,
que vai indo sempre,  sempre, 
e que muda, que sobrevive e se adapta
no improviso mal compreendido
a que a vida nos obriga.

Como cumprir destinos ?
Acaso o chão divide com os passos
o peso de ser caminho?


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