De tudo o
que podia ter sido a nossa história,
acabou
sendo só o que pôde ser.
O Tempo não
nos concedeu mais,
mas, ainda
assim, o que trago nas mãos
são muitos
dos gestos que foram teus,
e
cicatrizes de coisas que nunca decidirei
se mas ensinaste
mal, ou se mal as entendi.
E mesmo
depois que escolhi os meus caminhos,
e,
caminheiro, caminhei meu caminhar,
levei comigo
por detrás destes olhos de pássaro
a solidão
risonha daqueles poucos
que,
inquietos, buscam a paz.
Hoje, no
teu aniversário, pai,
escuta o
meu “-Muito obrigado! “
Talvez
hoje, tantos anos depois, afinal,
já houvesse
perguntas que, se tas fizesse,
não as
soubesses responder.
E sei como
ficarias contente.
Poupou-me o
Tempo
essa
memória triste.
Nossa Henrique! Fiquei emocionada com a sua poesia! Abraço, Anajara.
ResponderExcluirNossa Henrique! Fiquei emocionada com a sua poesia! Abraço, Anajara.
ResponderExcluirMais que um poema, a presença do pai viva na lembrança do caminho partilhado e do que se traz gravado sempre de tudo de melhor que deles recebemos.
ResponderExcluirÉ de emocionar realmente.
Uma bela homenagem, meu caro Henrique!